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quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

ENTREVISTA: Afronta

Trocamos uma ideia com um dos manos mais correria do cenário hardcore de São Paulo: Fabiano, vocalista do Afronta. Ele nos contou sobre a maneira positiva de abordar as temáticas inclusas nas letras, o full que a banda irá lançar e sobre o cenário para shows nesse nicho. 



SCUM- O Afronta tem como influência bandas de hardcore como Sick of it all, Terror e Madball. Quais foram os aspectos mais importantes do NYHC para a formação do que hoje é a banda?
R.  Acho que mais no aspecto musical mesmo.  Como você disse o Afronta tem influências de bandas do chamado NYHC, mas não sei te dizer se  isso não se abrange a outros fatores além da música, talvez algumas temâticas falando de amizade, perseverança....sei lá.  O lance é que não nos importamos em imitar postura de banda de NY pagando de malvadão, ou enaltecendo crew e ganguismo. Como diz o Presto "aqui não é nova iorque".

SCUM- As letras das músicas geralmente são positivas frente as adversidades da vida. Quais são os principais temas e qual é a mensagem que vocês querem passar?
R.  Não nos prendemos a nenhum tema específico. Só procuramos seguir uma regra de que hardcore/punk precisa ser positivo, precisa fazer a pessoa questionar a situação e sempre acrescentar algo.  Então podemos falar de perseverança, de indignação, de amizade, de inconformismo, de esperança e por ae vai.

SCUM- Quando teremos um novo trabalho da banda? Quais são os planos para o futuro?
R. Estamos trabalhando nas músicas de um full, a ideia é que no máximo até maio/junho de 2015 já esteja pronto e lançado um cd com 8 a 10 músicas de canções hardcoreanas.  Feito isso a intenção é tocar aonde ainda não tivemos oportunidade, algumas cidades do interior e também outros Estados e quem sabe uma tour Sul Americana. Além de compartilhar o palco com outras bandas que admiramos e respeitamos




SCUM- Sabemos que você, Fabiano, organiza alguns shows eventualmente. Fale um pouco sobre o cenário independente de São Paulo.
R.  Eu poderia até falar que o  cenário independente de São Paulo, mais especificamente do hardcore/punk que é do qual participo é sempre uma incognita. Tem show que é lotado, tem show as mesmas caracteristicas que é vazio. Se for ficar falando das suposições para isso, a conversa vai longe e fica improdutiva. Então prefiro mencionar que tem muita banda por aqui, cada uma fazendo sua correria o que caracteriza um cenário forte, só é necessário, dentro do possível, esquecer algumas divisões e procurar caminhar mais junto, nada de se abraçar e cantar "we are the world", mas fazer um "breaking the walls" com quem vale a pena. E o pessoal precisa parar de confirmar presença em evento de facebook e comparecer de verdade, chegar cedo, prestigiar todas as bandas, apoiar e incentivar, afinal não se faz uma cena somente com bandas.

SCUM- Indique três bandas independentes que vocês realmente ouçam.
R. Nacionais ? Só três ? Então vou citar Criminal Mosh, Institution, Last Warning (BH)

SCUM- Agradecemos a entrevista e esse espaço é de vocês. Usem como quiserem.

R. Nós que agradecemos o espaço e a oportunidade de compartilharmos algumas ideias. Também agradecer todo mundo que ajudou e ajuda na nossa caminhada, tanto as bandas com as quais tocamos juntos, com as que vamos tocar também, além do pessoal que comparece pra ver a gente tocar (poucos, mas tem ehehhe), quem chega pra trocar uma ideia, quem chega pra somar e tudo mais.

Mais sobre a banda:
https://www.facebook.com/afrontahardcore?fref=ts

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